"Só com a leitura um povo pode se tornar forte em sua cultura." (Rodrigo Poeta)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

6°lugar no IV° Concurso POESIARTE



- 6°lugar no IV° Concurso POESIARTE.
- Nome: Mêrcedes Batista Pordeus Barroqueiro  .
- Natural de Olinda-PE.
- Cidade em que representa: Recife-PE.
- Data de nascimento: 18/05/1955.
- Pseudônimo: Sonho.
- Poema: “Terra...Nossa Mãe”
- Atividades: Poeta, escritora e Membro Correspondente da Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo-RJ.


- 6°lugar com poema:



TERRA... NOSSA MÃE

A terra é a nossa maior riqueza
Ela nos acolhe e concede seu espaço
Recolhe-nos como mãe no seu regaço 
No seu invólucro contêm a natureza. 

Preservar é preciso, sim é preciso.
Na desolação não abstrai o sobreaviso
O planeta clama por consciência
O homem o destrói em nome da ciência

A terra não é apenas nosso habitat
Sua importância vai muito além
Do que o homem acha que lhe convém
Espalhando sobre ela e os filhos o terror.

Pobre homem! Não pensa nos seus filhos...
Que meio ambiente lhes deixará como herança?
Egoísta! Só pensa no dinheiro. E a esperança?
Reserva-lhes uma jornada por entre abrolhos.

O ser humano age com sua ganância
Pensando ser o deus de toda vastidão
Alimenta com ânsia e sede sua ignorância
Não O reconhece nem lhe rende gratidão.

Gratuitamente Ele nos nomeou seus mordomos
Quando ao mundo e sonhos dissermos adeus
O que será da nossa descendência?
Sem merecer vislumbrará a decadência.
Terra mãe que nos recebe e acarinha 
Natureza! O que fizeram da sua beleza?
Com as mesmas mãos que nos acarinhou
Hoje enxuga a lágrima que da face rolou.

Quando?
O homem perceberá sua autodestruição.
Até quando?
Ele resistirá provocando a degradação.

(Mêrcedes Pordeus)
 

5°lugar no IV° Concurso POESIARTE



- 5°lugar no IV° Concurso POESIARTE.
- Nome: André Telucazu Kondo.
- Natural de Santo André-SP.
- Cidade em que representa: Jundiaí-SP.
- Data de nascimento: 07/05/1975.

- Pseudônimo: Takezu.
- Poema: “Mãe Terra ”
- Atividade: Escritor.



- 5°lugar com poema:





MÃE TERRA 

Perdoai-nos, mãe Gaia 
Teus filhos suplicam 
Tão tarde enxergamos 
As cicatrizes do parto 
Quelóides de concreto e aço 
Só hoje 
Em teu regaço choramos 
Ontem 
Já esgotamos teus seios 
Filhos ingratos 
Derramamos o leite 
Poluímos teu ventre 
Mãe terra 
Tu és mais que colo 
Em teu norte, 
Orientou-nos. 
Em teu sul, 
Deu-nos vida. 
E em teu abraço 
De leste a oeste 
Carinho. 
Cessem-se as lágrimas 
E as nossas ofensas 
Cuidemos da mãe 
Encontremos teu centro 
Para lá sentir 
O coração, que ainda bate. 
O amor, que ainda germina. 

(André Kondo)

4°lugar no IV° Concurso POESIARTE



- 4°lugar no IV° Concurso POESIARTE.
- Nome: Nadyr Angela Oiticica Ceschin.
- Natural de Maceió-AL .
- Cidade em que representa: Maceió-AL.
- Data de nascimento: 20/12/1947.

- Pseudônimo: Saint Jean.
- Poema: “Labirinto”
- Atividades: Poeta, escritora e artista plástica.



- 4°lugar com poema:

Labirinto
 
Nas cavidades do labirinto turvo espiralado
Transtornando a troça da leve magia
O homem enfrenta
Agasalhado artifício
Por ele criado
 
Tornou-se mortífero
Seu sacrifício cristalizado
 
Em gotas escaldantes de suor gelado
Aguarda o homem
A soberba do desconhecido
 
Como destroçá-lo
Como desligá-lo
 
Como ir além do inverno nuclear
Por ele mesmo ativado


(Angela Oiticica)                                                     

3°lugar no IV° Concurso POESIARTE


- 3°lugar no IV° Concurso POESIARTE.
- Nome: Rômulo César Lapenda R. de Melo.
- Natural de Recife-PE.
- Cidade em que representa: Recife-PE.
- Data de nascimento: 06/09/1976.
- Pseudônimo: Pietro de Aragão.
- Poema: “EnTerrar?”
- Atividades: Poeta e Procurador Federal.

- 3°lugar com poema:
 
 *Buraco na Guatemala - América Central - 31/05/10 - 
Fonte: G1.


EnTerrar?


Não temos tempo, aprendam,
definitivamente,
milênios se passaram omissos
à destruição do planeta Terra,
defunta, multimorta, quase podre (pode?).

Não temos alento, percebam,
paulatinamente,
geleiras escorregam sem graça
estufando tsunamis desgraças
em corpos que nunca se acham (sofrem?).

Não temos vergonha, ouçam,
atentamente,
o som do desespero que destrói,
aos furacões até o Jazz se cala,
silêncio, Nova Orleans impotente (inocente?).

Não temos escolha, amem,
cuidadosamente,
a Terra não é só nossa, respeitem os
outros que dela precisam, são muitos,
não só olhem os próprios umbigos (egoísmo?).

Não temos pena, mas agora chorem,
copiosamente,
pelos mares, pela fauna, pela flora que apelam
e tudo definhando sufocantemente (indecente?).

Não temos alma, guardem,
solenemente,
roupas negras de luto, insepulta a Esfera, pois
não mais haverá terra para os enterros (medo).

(Rômulo César)

2°lugar no IV° Concurso POESIARTE


- 2°lugar no IV° Concurso POESIARTE.
- Nome: Luis Hideki Yoshida .
- Natural de Dracena-SP .
- Cidade em que representa: Hamamatsu-Shi/Shizouka-Ken (Japão).
- Data de nascimento: 19/10/1962 .
- Pseudônimo: Yakuza da Poesia .
- Poema: “Grito Mudo de um Planeta”
- Atividades: Poeta, compositor e artista plástico.



- 2°lugar com poema:

O GRITO MUDO DE UM PLANETA
A sós, cabisbaixo murmura o ancião...
toda a sua angústia num canto sombrio,
aproximei-me, e do teu lamento perguntei-o,
e notei certo frio tomar o calor do teu brio.

Com a voz pausada e um tanto cansada
deixa jorrar todo o desabafo da sua fonte
como quem indaga em prol das causas
apontando para o fim do horizonte.

-“Queira o destino me dar tempo ainda...
De ver tantas coisas saírem do papel,
As nativas verdes matas protegidas
E poluentes extintos no azul do céu.

Que não fique nos arquivos engavetado
Certamente irá amarelar com o tempo.
Que o silêncio grito da natureza seja ouvida
Não somente como o eco trazido pelo vento.

Sei que não da pra consertar por cima
O que os ancestrais estragaram por baixo,
Fez do seu próprio destino a triste sina
Quebra cabeça que também me encaixo.

Enfurecida em protesto revida a natureza
E traga vidas inocentes sem culpa alguma.
Acidente geográfico remexe o nosso habitat
E as catástrofes, não há, quem as assuma.

Assim, vejo com os meus próprios olhos
O grito mudo de um planeta quase em coma,
Está confuso o destino do grande astro
Que nocauteado resiste em beijar a lona.

A vida queima feito rastilho de pólvora
E as chamas ardem nos olhos de todos nós,
E por ímpeto, ecoam a cada dia mais o grito
Levando pros ares folhas, sangue e pó.”
E ao término do teu laborioso desabafo
as lágrimas banham a sua face em pranto,
sentindo na própria pele tantos maus tratos
e ao mesmo tempo venera mil encantos.
(Luis Hideki Yoshida)

1°lugar no IV° Concurso POESIARTE



- 1°lugar no IV° Concurso POESIARTE.
- Nome: Perpétua Amorim .
- Natural de Capitólio-MG .
- Cidade em que representa: Franca-SP.
- Data de nascimento: 17/09/1954 .
- Pseudônimo: Pietra Antonina.
- Poema: “Humanos! Até quando?”
- Atividades: Poeta e aposentada.

- 1°lugar com poema:




Humanos! Até quando?
Sobre trilhos de ferro frio
vou
arrastando pesados vagões entulhados de tudo
apito
grito em vão
sem acenos
sem lenço na mão
vejo
soja, cana,
cana, soja
soja, cana
cana, soja
de vez em quando uns boizinhos
todos branquinhos.
cadê o verde do milho
com suas bonecas de perucas vermelhas?
cadê o arroz e o feijão?
passa curva, lajeado
planície, mata e cerrado
rios, lagos e corguinho
e lá está
soja, cana
cana,soja
soja, cana
cana,soja
de vez em quando uns passarinhos
maritacas que gritam em vão
quero-quero sem nenhum querer
onde estão os sábias
enfeitando as paineiras?
onde estão as garças brancas
dando rasantes na cachoeira?
e lá vou eu
maquina potente e fria
nestes caminhos de ferro
olhares de ferro
mão de ferro
coração de ferro
e até onde a vista alcança
bionicamente vejo
cana, soja
soja, cana
cana, soja
soja, cana
aí está, tudo que preciso
para acabar com este coração
fraco
idiota
humano
que ainda clama
pelos cantos dos pássaros
pela água que jorra
pela vida
pela vida
p da vida
vida
vida
vi
v
??

(Perpétua Amorim)